Resenha Crítica: Crystal – O Cirque du Soleil no Gelo

Uma jornada mágica com um roteiro escorregadio

O Cirque du Soleil, sinônimo de inovação e grandiosidade no mundo do entretenimento circense, nos presenteia com mais uma boa obra: Crystal. A montagem, que estreou no São Paulo em 05 de julho, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, nos convida a uma jornada mágica sobre o gelo, onde uma jovem descobre um mundo fantástico e questiona a sua existência.

Cirque Du Soleil - Foto por: Rafael Toledo dos Santos


A história por trás do espetáculo

Fundado em 1984 no Canadá, o Cirque du Soleil revolucionou o mundo do circo, abandonando os animais e apostando em performances acrobáticas, unidas a narrativas poéticas e visuais deslumbrantes. Crystal, mais uma vez, demonstra a capacidade da companhia em inovar e emocionar o público.

A história gira em torno de uma jovem que, ao patinar no gelo, cai em um mundo mágico habitado por seres fantásticos. Essa jornada metafórica a leva a explorar temas universais como identidade, relacionamentos e a busca pelo próprio lugar no mundo. A trilha sonora acompanha a narrativa de forma envolvente, intensificando a emoção a cada cena.


A magia do gelo

Um dos pontos altos de Crystal é a utilização do gelo como palco principal. A pista de patinação se transforma em um universo mágico, onde os artistas deslizam com graça e precisão, executando acrobacias e coreografias complexas. A combinação de patinação artística com elementos circenses tradicionais, como malabarismo, acrobacias aéreas e equilibrismo, resulta em um espetáculo visualmente deslumbrante.


Um roteiro que patina

Apesar de todo o brilhantismo das performances, o roteiro de Crystal deixa a desejar. A história, embora poética, carece de profundidade e não consegue estabelecer uma conexão emocional mais forte com o público. A jornada da protagonista se perde em meio a uma sucessão de cenas visuais deslumbrantes, mas sem um enredo coeso.

A falta de desenvolvimento dos personagens secundários e a ausência de diálogos mais elaborados prejudicam a imersão na narrativa. O público se vê mais envolvido com a beleza das acrobacias do que com a história em si.

Apesar das fragilidades do roteiro, Crystal é um espetáculo que vale a pena ser visto. A maestria dos artistas, a beleza visual e a atmosfera mágica compensam as falhas da narrativa. A trilha sonora, as projeções e os efeitos de iluminação criam um universo onírico que transporta o público para um mundo de fantasia.


Para quem:

Amantes do circo e das artes performativas;

Quem busca uma experiência sensorial única;

Famílias com crianças a partir de 8 anos.


Conclusão

Crystal é um espetáculo que celebra a beleza do corpo em movimento e a magia do circo. Embora o roteiro deixe a desejar, a maestria dos artistas e a beleza visual da produção compensam as falhas da narrativa. É uma experiência que irá encantar e inspirar o público de todas as idades.


Resenha por: Rafael Toledo dos Santos


Site oficial Cirque Du Soleil: https://www.cirquedusoleil.com/


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